Wink, Márcia RosângelaNunes, Walquíria Souza2023-02-062023-10-092023-02-062023-10-092021https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/1969Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Biociências, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.A exposição cutânea à radiação ultravioleta (RUV) é um efeito ambiental inerente à vida humana. Já foi observado, em estudos in vitro, que essa exposição induz a liberação de ATP de células epidermais, principalmente em queratinócitos. O ATP é fundamental para a célula, pois fornece a energia livre de que essas células necessitam para realizar suas atividades. Entretanto, sua presença no espaço extracelular possibilita seu desempenho como molécula de sinalização intercelular. Essa comunicação ocorre através de nucleotídeos e nucleosídeos, dos receptores (divididos em família P1 e P2), bem como das ectonucleotidases que atuam hidrolisando os ligantes, regulando assim a sua disponibilidade. Todos esses componentes formam a sinalização purinérgica, sendo esse sistema envolvido em vários processos patofisiológicos cutâneos. Assim, nosso objetivo foi avaliar se a exposição à radiação ultravioleta é capaz de modular componentes da sinalização purinérgica. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática e uma análise in silico para verificação da modulação de purinoreceptores e ectoenzimas após a exposição à RUV. Ademais, foi realizado experimentos de bancada com o intuito de avaliar a atividade enzimática em células Hacat após exposição à UVA e UVB. Os resultados oriundos da revisão sistemática apontam que o ATP é rapidamente liberado de células epidermais, queratinócitos e melanócitos, após a exposição a RUV (1-10 minutos); essa molécula age como um mediador pró-inflamatório induzindo a liberação de IL-1β, IL-6 e COX-2 de queratinócitos e, somado ao caráter inflamatório, o ATP possui um papel na melanogênese e esse processo parece ser dependente do receptor P2X7. As análises in silico não indicam modulação em nenhum elemento da sinalização purinérgica (purinoreceptores ou ectonucleotidases) em melanócitos após a exposição única à RUV nas condições investigadas. Por outro lado, queratinócitos irradiados apresentam um aumento na expressão gênica de P2X4, P2Y11 e P2Y13, e diminuição na expressão de P2Y2. Além disso, as análises in silico indicam aumento nos níveis dos genes ENPP1 e ENTPD4, além de sugerir diminuição nos níveis de ENTPD6. A partir dos resultados experimentais, não foi observado modulação no gene NT5E, que codifica CD73, após única exposição à radiação ultravioleta em queratinócitos. Queratinócitos imortalizados expostos à 3 e 6J/cm2 não apresentam modulação na expressão de NT5E quando comparados ao grupo controle. Esses resultados sugerem o envolvimento da sinalização purinérgica na sinalização parácrina entre o melanócito e o queratinócito após à radiação ultravioleta. Uma melhor compreensão dessa modulação poderá contribuir para um entendimento mais profundo de diversas alterações cutâneas, bem como auxiliar na compreensão de processos fisiológicos, como a pigmentação. Esse conhecimento poderá ser utilizado tanto para uma melhor condução de tratamentos dermatológicos, quanto para elaboração de produtos na indústria farmacêutica voltados para a área estética.pt-BRAcesso Aberto Após Período de EmbargoSinalização PurinérgicaRadiação UltravioletaCélulas Epidermais Humanas[en] Ultraviolet RaysAnálise da sinalização purinérgica em células epidermais humanas após exposição à radiação ultravioletaDissertação