Kohek, Maria Beatriz da FonteMezzomo, Lisiane Cervieri2017-07-312023-10-092017-07-312023-10-092016https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/489Introdução: Apesar dos adenomas hipofisários serem a neoplasia intracraniana mais comum, sua tumorigênese não está ainda claramente definida. A presença de células tronco/progenitoras tem sido descritas em um crescente número de tecidos adultos, e hipotetiza-se que essas células existam na hipófise, principalmente por sua plasticidade constante devido à resposta hormonal a estimulação hipotalâmica. Alguns estudos utilizando diferentes metodologias in vitro e in vivo tem demonstrado a presença dessas células através de alguns marcadores específicos. Através desses estudos, é possível associar a presença dessas células tronco à patofisiologia da glândula hipófise, e melhorar o entendimento da participação desses marcadores tanto no tecido normal quanto no patológico. Recentemente, foi demonstrado o papel do p63 na manutenção da proliferação celular em diversos tecidos, porém esse mecanismo ainda não está descrito claramente na hipófise. Objetivos: O objetivo principal do estudo é identificar a presença das células tronco tumorais através da análise da expressão genica e proteica de alguns marcadores em adenomas hipofisários humanos. Materiais e Métodos: Amostras de adenomas de hipófise obtidos após cirurgia transfenoidal foram incluídas no estudo. A expressão do mRNA dos genes TP63 (isoformas TAp63 e ΔNp63), Notch3 e seu ligante Jagged1 foram avaliados por qRT-PCR em 77 amostras de tumores hipofisários. Também foram avaliadas a expressão proteica do p63, CD44 e Nestina em 105 amostras de tumores de hipófise emblocados em parafina. Os resultados foram correlacionados com a expressão do marcador de proliferação celular KI-67. Os dados clínicos dos pacientes (sexo, idade, tamanho do tumor, subtipo tumoral, imunohistoquímica para os tumores hipofisários e queixas pré-operatórias) foram obtidos através de análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes. Resultados: A expressão genica (isoformas TAp63 e ΔNp63) e proteica do p63 está diminuída nos adenomas de hipófise. Observou-se expressão da Nestina em pequeno percentual das amostras analisadas. Correlação positiva entre a expressão do TP63, Notch3 e Jagged1 foi encontrada, similarmente aos estudos anteriormente publicados. Não houve expressão do CD44 nos adenomas estudados. Além disso, não encontramos associação da expressão proteica dos marcadores estudados com o marcador de proliferação celular KI-67. A expressão dos genes não teve associação estatisticamente significativa com os dados clínicos avaliados. Conclusão: Esse estudo descreve pela primeira vez, a expressão do p63 nos adenomas hipofisários, e destaca que ambas as isoformas estão subexpressas nesses adenomas. Esses resultados são positivamente correlacionados com a expressão genica do Notch3 e Jagged1, que de forma contrária, está aumentada nas amostras avaliadas. Apesar de não haver expressão do CD44 nos adenomas hipofisários, a expressão proteica da Nestina sugere a existência de células imaturas nos adenomas hipofisários. Mais estudos são necessários para elucidar esse mecanismo e caracterizar efetivamente esses marcadores como marcadores de células tronco tumorais.pt-BRAcesso Aberto ImediatoCélulas-Tronco TumoraisAdenomas HipofisáriosPluripotênciaTumores BenignosMarcadores de Células-Tronco[en] Stem CellsExpressão de marcadores de células tronco tumorais em adenomas hipofisáriosTese