Moura, Dinara JaquelineMorás, Ana Moira2022-05-192023-10-092022-05-192023-10-092021https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/1863Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Biociências, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.Os glioblastomas (GBM) são gliomas de classe IV altamente prevalentes dentre os tumores malignos do SNC. Após diagnóstico, apenas 4 a 5% dos pacientes sobrevivem mais de 5 anos, e apesar de todo o progresso recente nas estratégias de tratamento, a sobrevida média é de cerca de 15 meses. A terapia padrão de GBM consiste em máxima ressecção cirúrgica, seguida por radioterapia e quimioterapia à base de temozolomida. Essa tríade de ação é fundamental para o manejo clínico da doença e aumento da qualidade de vida do paciente, porém, o GBM permanece como uma doença incurável. Por esse motivo, compreender como os processos de resistência tumoral são regulados pode auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. A proteína Nek1 pertence à família de cinases relacionadas à NIMA (NEK) e possui importantes funções na resposta a danos no DNA e checkpoint de ciclo celular. Sua participação na resposta a danos no DNA ocorre principalmente nas etapas iniciais de sinalização, através do eixo NEK1>ATR>Chk1. A proteína Nek1 é uma das proteínas que já foi associada com resistência tumoral em células de gliomas. Para uma melhor compreensão do cenário clínico no qual o GBM está inserido de forma a revisar o estado da arte das estratégias de tratamento, bem como novos alvos terapêuticos realizou-se um trabalho de revisão. Esse trabalho mostrou que a utilização de estratégias farmacológicas para inibir proteínas de resposta a danos no DNA em glioblastoma falham principalmente devido à baixa tolerabilidade dessas terapias. A fim de superar essas características negativas, grande atenção foi dada para o campo de estratégias no sistema de entregas, associadas a abordagens neurológicas para tratamento local, aumentando assim a biodisponibilidade e a eficiência dos medicamentos. Desta forma, o papel da proteína Nek1 na resposta a danos no DNA em glioblastoma foi investigado no segundo trabalho, apresentado nesta tese. Nós mostramos que células deficientes em Nek1 aumentam a sensibilidade a danos induzidos por zeocina, tanto num tratamento agudo, quanto crônico. As respostas celulares, por sua vez, difeririam nesses dois esquemas de tratamentos. O tratamento agudo induziu maior ativação de H2AX, Chk2 e p53 em células deficientes em Nek1. O perfil de ciclo celular, neste esquema de tratamento, foi semelhante à linhagem selvagem, com uma parada em G2. Em uma exposição crônica, por outro lado, as células deficientes em Nek1 demonstraram menor ativação de H2AX e redução na % de células com parada de ciclo celular de em G2, em relação à linhagem selvagem. Por fim, nós também analisamos o perfil de expressão de Nek1 em biopsias de pacientes com diagnóstico de Glioblastoma confirmado. Nossos resultados indicam que os níveis de Nek1 variam de baixa a alta expressão e não se correlacionam com Ki67. Dessa forma, esse artigo indica que Nek1 é um alvo interessante na resposta a agentes radiomiméticos, uma vez que impactou na resposta celular, porém sua relevância ainda precisa ser melhor explorada.pt-BRAcesso Aberto Após Período de EmbargoGlioblastomaSistemas de Entrega de DrogasDano ao DNANek1Zeocina[en] DNA DamageEfeito da deleção de Nek1 em células de glioblastomaTese