Bica, Claudia GiulianoRocha, Stephanie Damasceno2016-10-192023-10-092016-10-192023-10-092014https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/358Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.Introdução: Os profissionais da área de saúde situam-se no grupo dos que estão mais expostos a riscos ocupacionais. Entre os principais fatores de risco estão as substâncias químicas, destacando-se os quimioterápicos. Estes fármacos são potencialmente mutagênicos, carcinogênicos, teratogênicos, fetotóxicos e esterilizantes, podendo levar ao desenvolvimento de patologias como depressão de medula óssea, alterações imunológicas, hepáticas, de fertilidade e câncer. Destaca-se ainda que profissionais, como enfermeiros e farmacêuticos, têm um risco ocupacional maior devido à manipulação e administração direta dessas substâncias. Objetivo: Identificar os principais riscos ocupacionais dos profissionais da saúde de Porto Alegre que atuam na administração e manipulação de quimioterápicos. Materiais e métodos: Trata se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quali-quantitativa que foi realizado em três estabelecimentos de saúde habilitados em alta complexidade em oncologia na cidade de Porto Alegre. Após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) de cada hospital pesquisado, aplicou-se o termo de consentimento livre e esclarecido aos participantes. Em seguida utilizou-se como instrumento um questionário fechado contendo perguntas sobre biossegurança em quimioterapia antineoplásica. Por fim realizou-se uma observação de campo sistemática, para analisar os processos de administração, manipulação e descarte de quimioterápicos por estes profissionais. Discussão e Resultados: Participaram quarenta indivíduos, todos profissionais da saúde: enfermeiros 27,5% (11), farmacêuticos 35% (14) e técnicos de enfermagem e de farmácia 37,5% (15). Dentre estes, 67,5% (27) informaram ter sofrido algum tipo de acidente na prática profissional, e 63% (17) dos acidentados trabalha apenas em um turno. Os pesquisados subnotificaram os acidentes, pois apenas 44,4% (12) realizaram o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT). Verifica-se também o esforço das instituições em cumprir os requisitos legais, pois 92,5% (32) relataram participar do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e 72,5% (29) dos profissionais relataram ter tido algum tipo de treinamento na área. Conclusão: Os dados sugerem que, apesar do tempo de experiência, formação e capacitação dos profissionais a prática correta da manipulação e administração ainda há um longo caminho a percorrer. Constatamos um certo despreparo e má prática dos profissionais da área de saúde frente aos riscos, aos quais estão sujeitos ao lidarem com quimioterápicos. Estudos adicionais poderiam contribuir para chamar a atenção desses profissionais e evitar futuros danos à saúde desses trabalhadores.pt-BRAcesso Aberto ImediatoSaúde do TrabalhadorRiscos OcupacionaisQuimioterapia[en] Occupational Health[en] Occupational Risks[en] Drug TherapyIdentificação dos riscos ocupacionais de equipes de saúde que atuam na administração e manipulação de quimioterápicosDissertação