Rieder, Carlos Roberto de MelloAzenha, Natália Amélia da Silva2023-09-132023-10-092023-09-132023-10-092016https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/2242Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa cujos principais sintomas motores são tremor, rigidez, bradicinesia, alterações do equilíbrio e da postura. A instabilidade postural aumenta o risco de quedas e uma forma possível de avaliação deste comportamento é utilizar o pull test, do inglês "teste de retropulsão" (TR). Os mecanismos envolvidos e fatores de risco para o desenvolvimento do desequilíbrio postural na DP não são totalmente conhecidos. O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução da instabilidade postural por meio das alterações no escore do TR e os fatores de risco associados. Participaram 79 pacientes, os quais foram submetidos à avaliação clínica e motora entre os anos de 2006 a 2013 no Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os indivíduos foram avaliados por meio de anamnese, a capacidade cognitiva foi classificada pelo Mini Exame de Estado Mental (MMSE), a habilidade motora mediante a Escala Unificada de Avaliação para Doença de Parkinson (UPDRS) e a instabilidade postural pelo TR. O estadiamento da doença foi realizado pela escala de Hoehn & Yahr (HY) e o grau de independência através da escala de Atividades de Vida Diária de Schwab & England (ADL). O nível de significância adotado foi de α<0,05 e os dados foram analisados utilizando o software SPSS v 22.0. Observou-se que os pacientes com TR ≥ 3 tinham maiores valores de HY (36,4% em nível 4 e 27,3% em nível 5), eram mais velhos (77,7 ± 8,3 anos), tinham maior tempo de doença (17 ± 8,6), menores escores de ADL (42,7 ± 22,8) e MMSE (19,1 ± 4,3). Quando esses fatores foram analisados conjuntamente, observou- se que todos os efeitos perderam significância, exceto o escore de ADL. A cada unidade de aumento nessa escala, a chance de ter TR ≥ 3 diminuiu 6%. Confirmamos que há uma progressão marcada nas alterações do teste à medida que a DP progride. Vários fatores parecem estar associados com esta progressão, porém o fator mais importante é o escore nas atividades de vida diária.pt-BRAcesso Aberto ImediatoReabilitaçãoTeste de retropulsãoDistúrbio de movimento[en] RehabilitationEvolução da instabilidade postural na Doença de Parkinson: um estudo de coorteDissertação