Fiegenbaum, MariluZen, Tatiana Diehl2019-08-122023-10-092019-08-122023-10-092018https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/719Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.Introdução: O tratamento de escolha para tratar a dislipidemia é a utilização de estatinas; porém, ao longo do tempo observou-se uma grande variabilidade na resposta terapêutica. Neste sentido, vários estudos com abordagens de genes candidatos e associação de genoma inteiro (GWAS) tentam elucidar a genética responsável pela variabilidade da resposta a drogas. No entanto, estas abordagens ainda não conseguiram elucidar o componente genético desta variabilidade, uma vez que a grande maioria dos estudos aborda análises de cada variante isoladamente. Objetivos: Criar um escore genético de resposta ao tratamento com estatinas, a partir de marcadores genéticos identificados pelo grupo de pesquisa e através de estudos de varredura genômica. Material e Métodos: Nossa amostra foi composta por 477 pacientes de descendência européia, com níveis de colesterol de baixa densidade (LDL-C) acima da meta estabelecida e sem tratamento medicamentoso prévio. Selecionamos os genes que apresentam polimorfismos com maior impacto no resultado terapêutico com as estatinas, no caso os genes ABCB1, CYP3A5, SLCO1B1, SLCO1B3, ABCG2, APOE, CLMN e NR1I2. Depois de identificar os polimorfismos com redução significativa nos níveis de colesterol total (CT) e de LDL-C, um escore genético de resposta à terapia com estatina foi criado a partir dos marcadores geneticamente identificados SLCO1B1 (rs2306283), e NR1/2 (rs3814055, rs7643645 e rs6785049). Resultados: Na amostra, 1,7% dos pacientes receberam um escore final de 0 (zero) com redução do CT, 12,6% em um (1), 36,2% em dois (2), 34,5% em três (3) e 14,9% em quatro (4). Dessa forma, o uso de escores ajuda na escolha da terapia a ser utilizada, uma vez que o paciente com escore 4 teve a maior redução dos níveis de CT e de LDL-C (-30,2% e -42,6%, respectivamente), enquanto o paciente com o escore 0 apresentou a menor redução destes níveis (-12,3%, p<6x10-5; -14,4%, p<4x10-7, respectivamente). Conclusão:  Nossos resultados mostram a existência de diferentes respostas individuais ao tratamento com estatinas, sendo o uso do escore genético de resposta ao tratamento importante para a eficácia e segurança do tratamento. Os resultados aqui apresentados ainda demonstram que os genes e as variantes a serem incluídos nos escores podem variar conforme a população, o que torna o trabalho relevante em nível nacional, pois é o primeiro a abordar as variantes genéticas conjuntamente.pt-BRAcesso Aberto ImediatoEstatinasDislipidemiasGenesGWASLDL-Colesterol[en] Hydroxymethylglutaryl-CoA Reductase Inhibitors[en] Dyslipidemias[en] Genome[en] Cholesterol, LDLFarmacogenética das estatinas: utilização de escores genéticos para predição de resposta terapêuticaTese