PPGPAT - Teses
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Navegando PPGPAT - Teses por Assunto "[en] Acute Kidney Injury"
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Item Exame microscópico de sedimento urinário como biomarcador de lesão renal aguda após cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea(2016) Goldani, João Carlos; Keitel, ElizeteA Lesão Renal Aguda (LRA) é uma síndrome frequente, principalmente em pacientes hospitalizados, sendo associada com morbidade e mortalidade aumentadas .Pacientes submetidos a cirurgia cardíaca apresentam LRA como complicação em 22,3% dos casos, sendo que 2,3% necessitam terapia renal substitutiva. LRA é definida como uma diminuição abrupta da taxa de filtração glomerular avaliada pelo aumento do nível sérico de creatinina e a diminuição do volume de diurese de acordo com critérios do KDIGO. Entretanto estes critérios tem limitações, o que motivou a busca de novos biomarcadores que indicassem a lesão renal precocemente, estratificassem a gravidade e fossem preditores de desfechos adversos. O exame de urina pode ser considerado um biomarcador. Há evidências de que o sedimento urinário pode ser útil na distinção de LRA pré-renal da renal. O objetivo deste trabalho é avaliar a capacidade de o sedimento urinário predizer LRA em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea. Avaliamos 114 pacientes com média de idade de 62,3 anos, 67,5% homens, com creatinina média de 0,91 mg/dL (DP 0,22). A urina foi examinada nas primeiras 24 horas após a cirurgia. O sedimento urinário foi avaliado quanto à presença de células epiteliais tubulares e cilindros granulosos e correlacionado com o desenvolvimento de LRA, de acordo com os critérios do KDIGO. Vinte e três pacientes (20,17%) desenvolveram LRA com o critério da Cr e 76 (66,67%) com o critério de oligúria. Quatro pacientes necessitaram diálise. A mortalidade foi de 3,51%. O exame do sedimento como preditor de LRA-critério creatinina mostrou uma sensibilidade de 34,78% e especificidade de 86,81%, com uma razão de verossimilhança positiva de 2,64 e negativa de 0,75. Considerando LRA com critério de oligúria, a sensibilidade foi de 23,8% e a especificidade de 92,11%, com razão de verossimilhança positiva de 3,0 e negativa de 0,83. Concluímos que o sedimento urinário pode ser considerado um biomarcador de LRA mas deverá ser usado juntamente com os novos biomarcadores para aumentar seu poder de discriminação.Item Toxicidade de anfotericina B em diferentes formulações(2015) Falci, Diego Rodrigues; Pasqualotto, Alessandro ComarúIntrodução: O tratamento de infecções fúngicas com anfotericina B (AmB) está associado a efeitos adversos importantes, como nefrotoxicidade e toxicidade hematológica. Formulações lipídicas de AmB estão associadas a um risco menor de nefrotoxicidade. Há controvérsia sobre diferenças entre as duas formulações lipídicas de AmB disponíveis. Objetivos: Avaliar a incidência de nefrotoxicidade, toxicidade hematológica e impacto clínico da ocorrência destes eventos em tratamentos com AmB nas diferentes formulações: anfotericina B deoxicolato (d-AmB), anfotericina lipossomal (L-AmB) e anfotericina B complexo lipídico (ABLC). Material e Métodos: Estudo de coorte histórica (retrospectiva), realizado na Santa Casa de Porto Alegre. Foram incluídos pacientes com uso de alguma formulação lipídica de AmB entre 2003 e 2012, mais pacientes que utilizaram d-AmB, na razão de 3:1. Nefrotoxicidade foi determinada com o critério RIFLE modificado. Toxicidade hematológica foi determinada através dos critérios do CTCAE adaptados. Modelos de regressão logística foram elaborados para a avaliação de preditores de mortalidade, nefrotoxicidade e toxicidade hematológica. Resultados: Foram incluídos 497 pacientes. Entre 431 pacientes acima de 12 anos (não-pediátricos), 236 utilizaram d-AmB, 105 L-AmB e 90 ABLC. A frequência de nefrotoxicidade grave foi de 11,5%, 2,4% e 7,2% para d-AmB, LAmB e ABLC, respectivamente (p=0,046). Uso de L-AmB foi demonstrado como um fator protetor para nefrotoxicidade grave (OR 0,18;IC95%:0,03-0,64) como também para mortalidade (OR 0,56;IC95%:0,32-0,99). Entre os pacientes pediátricos, nefrotoxicidade grave ocorreu em 7,5% de pacientes com d-AmB. Na análise de toxicidade hematológica, o uso de L-AmB apresentou uma associação limítrofe com risco reduzido para anemia grave (OR 0,61;IC95%:0,32-1,11). Leucopenia grave foi associada com o uso de ABLC (OR 2,58;IC95%:1,05-6,21). Conclusões: L-AmB foi associada com melhores desfechos do que outras formulações, incluindo nefrotoxicidade grave e mortalidade. Entre pacientes pediátricos foi observada uma frequência de nefrotoxicidade similar aos adultos. Toxicidade hematológica significativa foi demonstrada, com perfil de segurança mais favorável para L-AmB.