PPGCS - Teses
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Navegando PPGCS - Teses por Assunto "[en] Air Pollution"
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Item Efeitos da exposição crônica ao ROFA em parâmetros metabólicos, oxidativos e inflamatórios de ratas obesas ovariectomizadas(2019) Fiorin, Pauline Brendler Goettems; Rhoden, Cláudia Ramos; Heck, Thiago GomesINTRODUÇÃO: Estudos epidemiológicos e experimentais têm demonstrado forte associação entre obesidade (induzida por dieta hiperlipídica - DHL) e exposição à poluição atmosférica (Material Particulado Fino – MP2,5) no desenvolvimento de doenças crônicas. Além disso, a redução nos níveis de estrogênio no período pós-menopausa também promove efeitos diretos no metabolismo, que podem ser agravados por outros fatores de susceptibilidade, como a combinação entre DHL e exposição ao MP2,5. Os três fatores implicados na presente proposta deste estudo (MP2,5, DHL e hipoestrogenismo) caracterizam-se individualmente pelo desenvolvimento de um quadro próinflamatório e pró-oxidativo que predispõe as mulheres ao desenvolvimento de doenças cardio-metabólicas. Contudo, poucos estudos têm documentado o efeito sinérgico destes fatores. Nesse sentido, se propôs investigar os efeitos metabólicos, oxidativos e inflamatórios da exposição ao MP2,5 em ratas obesas ovarietomizadas. METODOLOGIA: Para realização integral deste estudo foram utilizadas 54 ratas Wistar com 8 semanas, subdivididas inicialmente em 4 grupos (CTRL; ROFA; DHL; DHL+ROFA), que receberam como intervenções: exposição à solução salina ou ao poluente ROFA (250μg) via instilação intranasal (5 vezes/semana); dieta padrão (11,4% de gordura) ou dieta hiperlipídica (DHL, 58,3% de gordura). Na 12ª semana de estudo metade das ratas cada grupo foram submetidas à cirurgia bilateral de retirada de ovários (OVX) e as demais restantes, submetidas à falsa operação (Sham). Desta forma, a partir da 12ª semana de estudo os animais constituíram 8 grupos diferentes, os quais continuaram seus tratamentos experimentais até completarem 24 semanas de estudo, constituindo ao final do estudo, os seguintes grupos (n=6-9/grupo): CTRL; ROFA; DHL; DHL+ROFA; OVX; ROFA +OVX; DHL+OVX; DHL+ROFA +OVX. Ao final do estudo foram realizadas análises biométricas, parâmetros hematológicos e bioquímicos, e parâmetros de estresse oxidativo (TBARS, CAT e SOD) e inflamatório (IL-10, IL-6, HSP70). Os dados foram analisados estatisticamente por ANOVA de uma via (post hoc Tukey) no programa GraphPad 5.0 (p<0,05). RESULTADOS: A redução nos níveis de estrogênio (OVX) promoveu aumento do peso corpóreo e de adiposidade, desenvolvimento de edema hepático, hipercolesterolemia e intolerância à glicose, bem como perfil pró inflamatório (redução de IL-10 e aumento na razão IL-6 / IL-10). O grupo ROFA+OVX apresentou aumento de neutrófilos e da razão Neutrófilo/Linfócito, redução de defesa antioxidante (SOD) e aumento nos níveis de HSP70 hepática, indicando perfil pró-oxidativo, pró-inflamatório e resposta ao estresse celular. O consumo de DHL de forma isolada promoveu aumento dos níveis de colesterol hepático, e quando associado a OVX promoveu aumento de triglicerídeo hepático e formação de edema no fígado, no entanto, quando associados à exposição à poluição atmosférica (ROFA+DHL+OVX) não houve efeitos dessa associação. CONCLUSÃO: Em condição de declínio nos níveis de estrogênio, na pósmenopausa, ocorre um maior risco para desenvolvimento de doenças metabólicas, quando associado a fatores de risco isolados, como poluição atmosférica ou consumo de dieta hiperlipídica.Item Estudo do efeito da poluição do ar sobre o estresse oxidativo e o número de células neuronais e microgliais no córtex e estriado de ratos(Wagner Wessfll, 2019) Bernardi, Rosane Bossle; Rhoden, Cláudia Ramos; Barros, Helena Maria TannhauserA exposição crônica à poluição atmosférica (PA) desencadeia mecanismos de neuroinflamação e de estresse oxidativo os quais estão envolvidos na fisiopatogênese de muitas doenças neurodegenerativas. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da exposição crônica à PA em período pré-natal, após o nascimento ou pré e pós natal sobre biomarcadores de estresse oxidativo (EO), número de neurônios e de células microgliais do córtex e do estriado de ratos. O nosso trabalho também objetivou examinar se a troca de ambientes por ocasião do desmame alteraria parâmetros de EO ou histológicos. Setenta e dois ratos Wistar machos foram distribuídos em 4 grupos de exposição: 1) grupo F ou controle – exposto durante o período pré e pós-natal até a idade adulta ao ar filtrado;2) grupo NFF – exposto ao ar não filtrado no período pré-natal até o desmame e após, ao ar filtrado; 3) grupo FNF - exposto ao ar filtrado no período pré-natal até o desmame e após, ao ar não filtrado; 4) NF - exposto ao ar não filtrado no período pré-natal até a vida adulta. Após 150 dias de vida, córtex e estriado de 48 animais (n=12 por grupo de exposição) foram dissecados e submetidos às análises de EO: determinação da da atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) e das concentrações de malondialdeido (MDA) e glutationa total (GSHt). Na sequência, córtex e estriado de outro lote de animais (24 - n= 6 por grupo de exposição) foram preparados para estudo histológico, por técnica estereologica, para a determinação do número de neurônios e de microglia. A concentração de MDA foi significativamente mais elevada no córtex e no estriado do grupo NF. O estriado apresentou um aumento e o córtex apresentou redução na concentração de GSHt no grupo FNF. A atividade da SOD foi reduzida no córtex de todos os grupos expostos em algum período da vida à PA e no estriado do grupo FNF. A exposição à PA não modificou a atividade da CAT nas regiões estudadas. Não houve diferença entre os grupos quanto ao número de neurônios ou de microglia no estriado. Por outro lado, o número de neurônios e de microglia foi significativamente mais elevado no córtex do grupo FNF. Nossos resultados sugerem que estriado e córtex têm limiares de reação e respostas adaptativas distintas ao EO gerado pela exposição a PA. A troca precoce de ambiente impediu e talvez reverteu o quadro de EO. Sugerimos que a PA seja capaz de induzir neurogênese no córtex, embora provavelmente de forma transitória e como mecanismo compensatório.Item Interação entre poluição atmosférica e exercício físico sobre marcadores fisiológicos, metabólicos, estado redox e inflamação em homens saudáveis(2022) Marmett, Bruna; Rhoden, Cláudia Ramos ; Nunes, Ramiro BarcosA presente tese teve como objetivo avaliar o efeito da exposição aos poluentes atmosféricos sobre parâmetros fisiológicos, metabólicos, bioquímicos e inflamatórios em indivíduos com diferentes níveis de condicionamento físico. Foram produzidos 6 artigos científicos ao longo do desenvolvimento do estudo. No Estudo 1, geramos uma hipótese considerando os resultados conflitantes da literatura a respeito da realização de exercício em ambientes poluídos. No Estudo 2, demonstramos que indivíduos obesos apresentam maior ventilação total e maior duração de exercício, aumentando a inalação de poluentes. No Estudo 3, observamos que a ventilação durante o exercício é determinante na inalação de poluentes e que fatores como horário, localização e concentração dos poluentes devem ser considerados. No estudo 4, identificamos que mesmo em baixas concentrações a exposição ao O3 durante o exercício pode causar risco à saúde. No Estudo 5, identificamos que indivíduos fisicamente ativos apresentam menor risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas e que a exposição adicional aos poluentes decorrentes do exercício não representa risco adicional para a saúde. No Estudo 6, demonstramos que níveis elevados de atividade física resultam em maior exposição ao O3, o qual poderia atenuar os benefícios provenientes do exercício, no entanto um maior nível de atividade física resultou em melhora nos níveis de defesas antioxidantes, mediadores inflamatórios e toxicidade pulmonar. Em conclusão, a prática de exercício físico aumenta a exposição aos poluentes atmosféricos, no entanto, esta exposição adicional durante o exercício não representa risco a saúde. Além disso, indivíduos com elevado nível de condicionamento físico apresentaram melhor desfecho cardiometabólico, menor toxicidade pulmonar, dano oxidativo e concentração de mediadores pró-inflamatórios.