Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde por Assunto "[en] Adolescent"
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Item Inserção social na cidade, percepção de qualidade do bairro e senso de comunidade como preditores de bem-estar pessoal entre adolescentes escolares de Porto Alegre, RS(2018) Hanke, Elisa Souza; Câmara, Sheila GonçalvesEsta dissertação está organizada em duas partes. A primeira introduz o referencial sobre bem-estar pessoal na adolescência, bem como os construtos de senso de comunidade, inserção social à cidade e percepção de qualidade do bairro entre nessa população. Trata-se de uma introdução e uma revisão de literatura sobre as temáticas em estudo. A segunda parte consiste na apresentação do artigo empírico escrito a partir dos dados coletados. O objetivo do estudo empírico foi avaliar a inserção social na cidade, a percepção de qualidade do bairro de residência e o senso de comunidade entre adolescentes escolares e sua contribuição para o bem-estar pessoal dessa população. Consiste em um estudo de base escolar, observacional, analítico, com corte transversal, no município de Porto Alegre/RS. A amostra constituiu-se de 119 adolescentes escolares do oitavo ano do ensino fundamental, matriculados na rede pública estadual de Porto Alegre/RS, em 2017. Desses, 58,8% eram do sexo masculino. A idade variou de 12 a 17 anos (M=14,15; DP=1,03) e 50,9% se autodeclararam como brancos. Quanto ao nível de ensino dos pais a média foi de ensino médio incompleto tanto para as mães (M=4,18; DP=1,50) quanto para os pais (M=3,99; DP=1,58). Em termos da classificação econômica, 44% pertenciam à classe B, 40,5% à classe C e 15,5% à classe A. Como instrumentos foram utilizados: Inquérito de dados sociodemográficos; Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB); Escala de Inserção Social à Cidade para Adolescentes (ISCA); Índice de Senso de Comunidade (SCI); Escala de Percepção de Qualidade do Bairro (PQBA) e dimensão de Bem-estar pessoal positivo da Escala Eudemon de Bem-Estar Pessoal (EBP). Os dados foram analisados mediante análise descritiva para caracterização da amostra e das médias dos participantes nos instrumentos em estudo; análise bivariada (correlação de Pearson) para avaliar a relação entre as variáveis em estudo; e análise multivariada (regressão linear múltipla - ARLM), método stepwise, para identificar os preditores de bem-estar pessoal positivo. Foram conduzidas duas ARLM. Na primeira foram considerados como preditores os índices gerais das escalas ISCA, SCI e PQBA. Na segunda, os preditores avaliados foram as dimensões das três escalas que obtiveram p≤0,20 na análise de correlação (SCI-vínculo positivo com a comunidade, ISCA-Acesso, ISCA-Cordialidade PQBA- Esporte e lazer, PQBA-Locomoção e PQBA-Segurança). A magnitude do efeito de ambos os modelos foi média (variação de R2 =0,227 a R2 =0,261). O primeiro modelo identificado demonstrou a contribuição dos três construtos avaliados, sendo que o senso de comunidade (ß=0,241) foi a variável de maior peso, em termos de importância relativa estandartizada. Os resultados indicaram que quanto mais positivo o senso de comunidade e a percepção de qualidade do bairro, bem como a maior inserção social à cidade, maior o bem-estar pessoal positivo dos adolescentes. O segundo modelo ficou composto pelas variáveis SCI-vínculo positivo com a comunidade, ISCA-acesso e PQBA-segurança, com maior peso da variável SCI-vínculo positivo com a comunidade (ß=0,316). Verificou-se que quanto mais positivo o vínculo com a comunidade, maior o acesso cidade e mais positiva a percepção de segurança no bairro de residência, maior o bem-estar pessoal positivo. Os dados do estudo demonstram que a cidade, o bairro e o senso de comunidade contribuem para o bem-estar pessoal na adolescência. Além disso, indicam que a participação social dos adolescentes pode contribuir para um presente mais saudável, da mesma forma que um futuro mais promissor para a população brasileira. Sugerem-se outros estudos quantitativos, com amostras maiores, por conglomerados em termos de bairros e cidades, para verificar a estabilidade dos modelos identificados. Da mesma forma, são importantes estudos qualitativos que permitam um maior aprofundamento acerca dos fatores socioambientais e sua repercussão no bem-estar pessoal de adolescentes.Item Jogos eletrônicos e redes sociais na adolescência: relação com habilidades sociais, autoestima, afetos positivos e negativos e satisfação de vida(2018) Schindel, Renata de Castro; Pacheco, Janaína Thaís BarbosaO objetivo geral dessa dissertação foi investigar a exposição de adolescentes a jogos eletrônicos e a redes sociais, abordando aspectos protetivos decorrentes dessa exposição e relacionando dependência de internet com habilidades sociais, autoestima, afetos positivos e negativos e satisfação de vida. Para isso desenvolveu-se dois estudos independentes. O primeiro artigo foi uma revisão integrativa da literatura e o segundo, um artigo empírico. A revisão integrativa descreveu o uso das tecnologias pelos adolescentes como fator protetivo, identificando anos de publicação, delineamentos dos estudos, variáveis consideradas e principais resultados encontrados. Os resultados encontrados foram divididos em grupos classificados de acordo com os objetivos dos estudos analisados. No grupo 1, os artigos estudavam o uso de jogos relacionando-os com características físicas; no grupo 2, o uso das tecnologias para tratamento de doenças; no grupo 3, o uso de tecnologias para a prevenção de doenças; grupo 4, a comparação dos tipos de jogos de videogame ou redes sociais com outras intervenções esportivas; grupo 5, o uso de tecnologias para desenvolvimento de habilidades; grupo 6, descreviam o uso de tecnologias e grupo 7, o uso de tecnologias em relação ao desempenho escolar. Os anos em que houve mais publicações foram 2014 e 2015; a maior parte dos estudos não explicitou seu delineamento, a maior quantidade de artigos é norte-americano, o grupo em que houve mais publicações foi o 1. O segundo estudo é um trabalho empírico, com delineamento transversal e quantitativo, realizado com 232 adolescentes. Objetivou investigar a relação da dependência de internet na adolescência com habilidades sociais, autoestima, afetos positivos e negativos e satisfação de vida. Utilizou-se os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico, Questionário sobre Uso das Redes Sociais e de Jogos Online, Escala de Autoestima de Rosenberg para Adolescentes, Escala Matson de Avaliação das Habilidades Sociais em Jovens (MESSY), Afetos Positivos e Negativos para Adolescentes (EAPN-A), Satisfação Global de Vida para Adolescentes (ESGV-A) e Teste de Adição à Internet (IAT). Os dois primeiros instrumentos foram construídos especificamente para esta pesquisa. Os resultados indicaram que a média de idade de início de uso foi de 8,8 anos. As redes sociais preferidas foram WhatsApp (47%), YouTube (26,7%) e Facebook (13,4%). A dependência de internet foi observada em 26% dos adolescentes. Observou-se diferença entre sexos apenas para o uso diário de jogos aos finais de semana, sendo os meninos os que mais exerciam esse comportamento. O risco para dependência foi 80% maior para os escores acima da mediana do fator 1 da MESSY. A análise de regressão simples e múltipla de Poisson demonstrou que os Afetos Negativos são fatores de risco em 2,03 vezes para dependência de internet (p=0,05), já os Afetos Positivos e a Satisfação de Vida são protetivos em 0,58 (p=0,25) e 0,70 (p=0,70), respectivamente. Possivelmente, Afetos Positivos e Satisfação de Vida são variáveis indiretas para a proteção da dependência de internet em adolescentes, tendo em vista que este foi considerado o melhor modelo de regressão pelos critérios estatísticos. Este estudo pretendeu contribuir para a compreensão do impacto da exposição à internet sobre adolescentes, a partir de variáveis consideradas protetivas ao desenvolvimento. Sugere-se que estudos futuros sigam investigando fatores de proteção e uso de internet e/ou jogos eletrônicos, e que pesquisas nacionais contribuam com o conhecimento na área.Item Jogos eletrônicos online e redes sociais: avaliação do ajustamento psicológico de adolescentes e dos estilos parentais percebidos(2018) Schwartz, Fernanda Tabasnik; Pacheco, Janaína Thaís BarbosaEsta dissertação é composta por uma contextualização teórica e um artigo empírico. O objetivo geral deste trabalho foi investigar e compreender o uso das redes sociais e dos jogos eletrônicos por adolescentes, avaliando principalmente o impacto da parentalidade neste uso. A contextualização teórica propõe descrever o uso das tecnologias pelas crianças e pelos adolescentes, além de discutir acerca do monitoramento parental no uso da internet. A partir desta revisão, percebeu-se que os pais empregam diferentes formas de mediação parental a fim de que os filhos utilizem as tecnologias de forma segura. O estudo empírico, de cunho quantitativo e com delineamento transversal, investigou uma amostra composta por 232 adolescentes e objetivou descrever o uso de jogos eletrônicos e de redes sociais pelos adolescentes, relacionando-o com estilos parentais, conflitos entre pais e filhos, sintomas psicopatológicos e dependência de internet. A coleta de dados ocorreu através da aplicação de instrumentos, como questionários e escalas. Foram encontradas associações significativas entre os adolescentes que passam mais de seis horas por dia conectados à internet e o aumento de sintomas psicopatológicos e conflitos com os pais. Com relação aos estilos parentais, não se observou associação com o tempo de uso das redes sociais e dos jogos.Item Prevalência e fatores associados à automutilação não suicida entre adolescentes da rede pública municipal de Montenegro/RS(2019) Mühlen, Mara Cristiane von; Câmara, Sheila GonçalvesO surgimento e a crescente prevalência conhecida da automutilação não suicida, seja em contextos clínicos ou não clínicos - é, em parte, um fenômeno de desenvolvimento. Aspectos do comportamento (por exemplo, redução imediata do estresse), o indivíduo (por exemplo , dificuldades que regulam a emoção e o enfrentamento do estresse) e o ambiente (por exemplo, reforço social) durante esse período de desenvolvimento resultaram em sua disseminação. Vários estudos constataram a co-ocorrência entre lesões de automutilação e outras variáveis de interesse, como abusos na infância, relacionamento familiar não satisfatório, estratégias de coping mal-adaptativas e estresse interpessoal. A automutilação não suicida tem atingido altas prevalências em diversos países do mundo, associadas a diversos fatores psicossociais, tornando-a um tema de importância para a saúde pública em âmbito mundial. Esta dissertação aborda o tema mediante dois estudos: (1) busca sistemática da literatura internacional que apresenta uma visão ampla sobre prevalências e fatores associados à automutilação não suicida entre adolescentes de amostras comunitárias, conduzida no mês de abril de 2019, na Web of Science, PsycInfo, Academic Research Complete, Medline Complete e Pubmed, utilizando-se a combinação “nonsuicidal self-injury and adolescents”. Artigos em inglês publicados entre março de 2009 e março de 2019 foram analisados com base em critérios de inclusão/exclusão definidos a priori. Foram selecionados 20 estudos transversais (prevalências de 6,13 a 31,3%) e 20 estudos longitudinais (prevalências de 5,16 a 41,6%, em T1; e, de 5,13 a 46,6%, em T final), sendo os fatores associados classificados em sociodemográficos, individuais e de manejo de problemas e de emoções, psicossociais relacionais e, disposicionais. E, (2) pesquisa empírica, de base escolar, no município de Montenegro, RS, que investigou prevalência de automutilação não suicida e a contribuição de variáveis sociodemográficas (sexo, idade, raça/cor, escolaridade dos pais, religião, prática da religião e classificação econômica); variáveis individuais e de manejo emoções e de problemas (estratégias de coping e de regulação emocional; variáveis psicossociais relacionais (comunicação com pessoas de referência, estresse interpessoal, maus-tratos e habilidades sociais interpessoais); e variáveis disposicionais (Transtornos mentais comuns e afetos positivos e negativos). A pesquisa foi realizada com adolescentes escolares do quinto ao nono ano do ensino fundamental, matriculados na rede pública municipal (n=878). Foram utilizados: Inquérito sociodemográfico; Critério de Classificação Econômica Brasil; Escala de automutilação não suicida; Questões sobre ideação, planejamento e tentativa de suicídio; General Health Questionnaire – 12 itens; Escala Brasileira de Coping para Adolescentes (versão revisada); Escala de Afetos Positivos e Negativos; Trait meta- mood scale-24; Facilidade de comunicação com as pessoas; Escala de estresse interpessoal; Questionário sobre Traumas na Infância ; e, Escala de habilidades sociais interpessoais. A análise de regressão logística hierárquica demonstrou que apresentam mais chances de automutilação não suicida adolescentes de 13 a 17 anos, de classificação econômica A e B, com ausência de prática religiosa, pouca clareza e pouca reparação emocional, com maior dificuldade na comunicação com pessoas de referência, maior estresse interpessoal, presença de Transtornos mentais comuns e maior experiência de afetos negativos. O estudo visa a subsidiar futuras ações de prevenção e promoção da saúde nessa população.Item Projetos de futuro de adolescentes em conflito com a lei: uma revisão sistemática(Wagner Wessfll, 2020) Pelissoli, Monique da Silva; De Antoni, ClarissaEsta dissertação tem como tema projetos de futuro de adolescentes em conflito com a lei. O objetivo deste estudo é identificar as contribuições de pesquisas empíricas sobre a relação estabelecida entre adolescentes em conflito com a lei e projetos de futuro, visando sintetizar os dados já existentes. O estudo se justifica pela relevância científica da integração do conhecimento, através da avaliação do estado da arte sobre determinado assunto. A abordagem utilizada foi a revisão sistemática da literatura a partir do método PRISMA. Foram analisados 20 manuscritos encontrados nas seguintes bases de dados SciELO, BVS Psi, BDTD e no Portal de Periódicos Capes. Os dados foram examinados e descritos a partir do Modelo EEECA, dividindo os resultados em características metodológicas e características relativas ao conteúdo. A revisão identificou poucos estudos na área, com uso de diferentes terminologias e conceitos para abordar o tema, como: projeto futuro, sonhos, metas e expectativas. Dentre os resultados dos manuscritos, observou-se uma construção frágil de projetos de futuro, assim como uma precária reflexão dos adolescentes a respeito do seu futuro. Seus sonhos se referiram à construção da família, melhoria nas relações familiares, conclusão dos estudos, inserção profissional e avanço das condições financeiras. A construção de projetos de vida foi vinculada a permanência na conduta infracional, e houve ainda aqueles que não conseguiram pensar sobre seu futuro.