Navegando por Autor "Moura, Ana Carolina de"
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Item Análise comportamental, molecular e bioquímica de ratas lactantes com diferentes padrões de comportamento maternal(2017) Moura, Ana Carolina de; Giovenardi, Márcia; Elsner, VivianeINTRODUÇÃO: O cuidado materno é crucial para o desenvolvimento da prole, e os diferentes padrões de lamber os filhotes podem ser induzidos por variações nos níveis de moléculas neuromodulatórias e na expressão de seus receptores durante a gestação e pósparto. Essas mudanças podem contribuir para o desenvolvimento e manejo do comportamento maternal. A frequência da lambida é usada para avaliar o cuidado materno, havendo mães com baixa (LL) e alta (HL) frequências de lamber. Funções encefálicas importantes, como a aprendizagem e a memória, podem ser influenciadas pelos níveis de estresse oxidativo, que também podem modular processos fisiopatológicos (por exemplo: depressão, ansiedade e outros transtornos psiquiátricos). OBJETIVOS: Analisar a expressão gênica dos receptores de dopamina (Drd1a), prolactina (Prlr), serotonina (Htr1a, Htr1b), estrogênio (Esr1, Esr2) e do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) no bulbo olfatório (OB), hipocampo (HP), córtex pré-frontal (PFC) e estriado (ST) de ratas Wistar de três grupos: LL, HL e fêmeas virgens em diestro. Verificar os níveis de acetilação da histona-H4 no OB de ratas LL e HL. Avaliar o estresse oxidativo no HP, OB e plasma de mães lactantes LL e HL. MÉTODOS: O comportamento materno foi estudado nos primeiros 7 dias pós-parto. Foi realizado qRT-PCR para avaliação da expressão gênica nas regiões encefálicas citadas acima. Os níveis de acetilação de histona-H4 foram determinados utilizando o Kit de Ensaio de Acetilação Global Histona-H4. O estresse oxidativo foi avaliado pela atividade da superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT); pelos danos ao DNA (ensaio cometa); e pelo ensaio da dihidrodiclorofluoresceína (DCF). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Houve um aumento na expressão gênica de Drd1a, Prlr, Htr1a, Htr1b e Esr1 no OB do grupo HL, em comparação ao LL. No HP, apenas Drd1a, Prlr e Htr1a foram expressos de forma diferenciada, somente quando comparados os grupos HL ou LL, com o de ratas virgens. Mães HL tem níveis mais elevados de expressão gênica no OB, que é uma estrutura crucial para promover diferenças comportamentais. Ratas LL mostram uma diminuição na frequência de lamber, e um aumento da permanência afastadas dos filhotes. A análise epigenética revelou que ratas HL tem níveis de acetilação da histona-H4 maiores do que LL. A expressão aumentada dos receptores anteriormente citados no OB está relacionada, pelo menos em parte, ao estado de hiperacetilação da histona-H4 observado. Os resultados também demonstram que no HP de mães LL, a atividade das enzimas SOD e CAT estão aumentadas em relação às HL. No OB, a atividade de SOD e CAT também é maior em LL. O ensaio do cometa no HP mostrou que LL tem níveis mais elevados de danos basais e níveis aumentados de quebras de DNA, do que HL. No OB, LL também possui maiores níveis de danos ao DNA. No plasma o ensaio de oxidação do DCF revelou que LL tem níveis mais elevados de produção de espécies reativas de oxigênio, do que HL. CONCLUSÃO: O aumento da expressão gênica observado em HL, provavelmente ocorre como consequência da acetilação das histonas, o que facilita a expressão dos genes. Além disso, as mães LL apresentaram evidência de aumento do estresse oxidativo quando comparadas a HL, sugerindo que as variações no comportamento materno podem estar relacionadas a esses parâmetros bioquímicos.Item Análise da estabilidade de genes endógenos de referência para estudos de expressão gênica no sistema nervoso central de ratas por PCR em tempo real(2012) Moura, Ana Carolina de; Veiga, Ana Beatriz Gorini da; Giovenardi, MárciaIntrodução: Compreender os mecanismos moleculares envolvidos na regulação de vias de sinalização no sistema nervoso central (SNC) tem sido a base de muitos estudos comportamentais em neurociências. Tais estudos visam abordar como um padrão de comportamento é controlado através da expressão de genes candidatos. A quantificação de mRNA nesses estudos é realizada pela reação em cadeia da polimerase (PCR), necessitando ser normalizada por um controle interno, ou seja, um gene endógeno de referência (normalizador) – geralmente um gene constitutivo (housekeeping gene; HKG). A expressão gênica dos HKGs também pode ser variável, de modo que a escolha do controle interno mais estável em cada tecido analisado é fundamental para a obtenção de resultados confiáveis. Neste trabalho foi avaliado o HKG mais estável em áreas do SNC relacionadas com o comportamento maternal em modelo animal. Objetivos: Avaliar, por meio da expressão em nível transcricional, qual o gene constitutivo mais estável em regiões encefálicas relacionadas ao comportamento maternal de ratas. Material e Métodos: Foram utilizadas ratas Wistar virgens (n=6), no período de diestro, das quais foram coletadas as seguintes regiões encefálicas: bulbo olfatório (OB), hipocampo (HP), estriado (ST) e córtex pré-frontal (CPF). O RNA total foi extraído e o cDNA sintetizado por RT-PCR. A amplificação foi realizada por PCR em tempo real (método SYBR Green), com primers para os genes constitutivos mais utilizados segundo a literatura: β-actina (ActB), ciclofilina A (CypA) e ubiquitina C (UbC); suas estabilidades foram determinadas pelo programa NormFinder. Resultados: Os resultados mostram que, no HP e ST, o gene mais estável foi ActB, enquanto no CPF e no OB os genes mais estáveis foram CypA e UbC, respectivamente. Conclusões: Os níveis de expressão gênica de HKGs são variáveis no SNC, principalmente quando diferentes estruturas cerebrais são analisadas. Os resultados do presente trabalho poderão servir como base na escolha do HKG mais adequado para ser utilizado como controle interno em análises dos níveis de expressão gênica no SNC, como por exemplo em estudos de genes associados ao comportamento maternal de ratas.Item Estudo de diferentes dietas e suplementação de probióticos durante a gestação em parâmetros morfológicos e inflamatórios na placenta e perfil bioquímico em camundongos(Wagner Wessfll, 2022) Bondarczuk, Nicole Hiller; Giovenardi, Márcia; Moura, Ana Carolina deA placenta é um importante órgão de transição que forma uma ponte entre a mãe e o feto durante a gravidez. As alterações no ambiente intrauterino impactam a saúde do feto podendo ser influenciada pela dieta materna. No presente estudo, nosso objetivo foi investigar os efeitos de intervenções na dieta materna (restrição calórica e dieta hiperlipídica) e suplementação de probióticos durante a gravidez na morfologia, biometria e mediadores inflamatórios na placenta, além dos parâmetros bioquímicos séricos maternos. Camundongos fêmeas receberam dietas padrão (CONT), restritivas (RD) em 30% a menos que o controle, ou dietas hiperlipídicas (HFD) por 16 semanas, durante o acasalamento e gestação, até o 18º dia de gestação (GD). Durante a gestação, os grupos CONT+PROB e HFD+PROB receberam por gavagem o probiótico Lactobacillus rhamnosus LB1.5, contagens viáveis de 1,3 x 10⁸ ufc/ml, 3 vezes por semana, os grupos CONT, RD ou HFD foram gavados com leite desnatado na mesma frequência em que os grupos que receberam probióticos. No 18º GD as fêmeas foram eutanasiadas, o sangue troncular e a placenta foram coletados. No sangue foram analisadas as concentrações séricas de glicose, colesterol total e triglicerídeos e na placenta, sua morfologia e citocinas inflamatórias. Não houve diferença significativa no número de fetos, reabsorção fetal, taxa de viabilidade, mediadores inflamatórios na placenta, glicose, colesterol totais e triglicerídeos analisados no soro das mães que receberam dietas diferentes ou nos grupos com suplementação de probióticos. Em relação à morfologia placentária, HFD e HFD+PROB apresentaram aumento da espessura da zona labiríntica quando comparados a CONT+PROB. Em conclusão, esses achados sugerem que as dietas utilizadas neste modelo, assim como a suplementação probiótica de Lactobacillus rhamnosus LB1.5 durante a gestação, não impactam os mediadores inflamatórios nos parâmetros placentários e bioquímicos.Item Restrição calórica reduz o fenótipo neuroinflamatório no hipocampo de camundongos machos(2021) Oliveira, Tharcila Quadros de; Giovenardi, Márcia; Moura, Ana Carolina deAs dietas restritivas podem influenciar o fenótipo inflamatório das mães e de seus filhos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da restrição calórica sobre o perfil neuroinflamatório do hipocampo e sobre a memória de curto prazo de filhos machos adultos de mães submetidas a restrição calórica (RC). As mães dos camundongos receberam dieta padrão ad libitum (CONT) ou dieta restritiva (RC; redução de 30% do consumo de CONT) durante a gravidez e lactação. Filhotes machos foram desmamados aos 21 dias e divididos aleatoriamente em dois grupos que receberam CONT ou RC; os grupos foram nomeados de acordo com as dietas maternas seguido da dieta da prole: CONT/CONT, CONT/RC, RC/CONT e RC/RC. Aos 90 dias, a memória de curto prazo foi avaliada pelo teste de reconhecimento de objetos (TRO); o estado inflamatório do hipocampo foi analisado pela expressão gênica de sirtuin-1 (SIRT1) e inflamassoma NLRP3; e por expressão de proteína de receptor toll-like-4 (TLR-4) e zonula occludens-1 (ZO-1). Nossos resultados mostraram a influência da dieta materna e da prole na memória de curto prazo. A expressão de SIRT1 foi maior em RC/CONT em comparação com CONT/CONT e com RC/RC; NLRP3 foi afetado pela dieta materna. Em relação ao TLR-4, a expressão foi maior em RC/CONT em relação a CONT/CONT, representando um efeito da dieta materna; e RC/CONT tiveram níveis aumentados de TLR-4 quando comparados a RC/RC, mostrando efeito da dieta da prole. A expressão de ZO-1 foi maior em RC/CONT em comparação com CONT/CONT. Em resumo, nossos achados demonstram que a restrição calórica materna promove proteção no desenvolvimento do fenótipo neuroinflamatório da prole adulta.