Navegando por Autor "Colombo, Talita"
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Item Diretrizes de assistência pré-natal: ansiedade e cuidado materno-fetal por telemedicina no contexto da pandemia de covid-19(2023) Colombo, Talita; Stein, Airton Tetelbom; Cazella, Silvio César; Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeIntrodução: A pandemia de COVID-19 e a necessidade de distanciamento social ampliaram as barreiras ao atendimento obstétrico, acarretando riscos para desfechos críticos em gestantes, puérperas e bebês, bem como reflexões por gestores acerca de novos modelos assistenciais de cuidados pré-natais. Objetivos: Mapear escalas validadas para aferição de ansiedade em gestantes e puérperas. Desenvolver uma diretriz clínica para atendimento prénatal híbrido, combinando consultas presenciais reduzidas e monitoramento remoto através do uso de tecnologias vestíveis. Elaborar protocolo para ensaio clínico randomizado para aplicação da diretriz proposta, aninhado em estudo de avaliação econômica. Métodos: A presente tese de doutorado é composta por três delineamentos independentes, visando entendimento sobre pré-natal híbrido de qualidade: 1) Revisão de escopo acerca de escalas validadas para aferição de ansiedade em gestantes e puérperas. 2) Revisão sistemática de recomendações do Ministério da Saúde e da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia para gestantes de risco habitual e elaboração de diretriz clínica para atendimento pré-natal híbrido. 3) Ensaio clínico randomizado (protocolo), para avaliação da eficácia da diretriz clínica apresentada, em comparação à assistência pré-natal convencional sobre níveis de ansiedade em gestantes e puérperas (desfecho primário) e sobre desfechos clínicos materno-fetais, somado à análise econômica da nova tecnologia proposta. Resultados: A pandemia da COVID-19 tem sido associada à ansiedade em mulheres grávidas e no pósparto. As escalas mais comumente usadas foram GAD-7 (General Anxiety Disorder-7) e STAI (State-Trait Anxiety Inventory). A assistência pré-natal híbrida, com emprego da telemedicina, mantém as recomendações de cuidado para gestantes de risco habitual e pode resultar em menor custo e exposição a risco, com eficácia de igual magnitude, sem reduzir a qualidade do cuidado. A viabilidade e os potenciais benefícios do emprego da telemedicina na assistência pré-natal, evidenciados em estudo internacionais, devem ser evidenciados em gestantes brasileiras. Conclusão: A adequação do modelo de assistência pré-natal brasileiro visa torná-lo mais eficiente e acessível, mesmo diante de situações logísticas complexas como a pandemia, em localidades remotas e diante de escassez de recursos.Item Fatores preditivos de nascimento em ciclos de fertilização in vitro com óvulos doados: uma coorte retrospectiva(Wagner Wessfll, 2020) Colombo, Talita; Wendland, Eliana Márcia Da Ros; Badalotti, MariangelaIntrodução: A fertilização in vitro (FIV) com ovodoação (OD) é o tratamento de escolha para pacientes com insuficiência ovariana; a seleção criteriosa de doadoras promove taxas de gestação superiores à FIV convencional. Objetivo: Avaliar o perfil das pacientes que realizaram OD e seu impacto nos desfechos obtidos em 15 anos (2002-2017). Métodos: Coorte retrospectiva, em um centro brasileiro de medicina reprodutiva. Resultados: Foram realizados 586 ciclos, resultando em 479 transferências embrionárias a fresco. A infertilidade primária foi maior entre doadoras (88,5% vs. 77,1%, p <000.1) e o número de abortos prévios entre receptoras (72% vs. 31%, p <000,1). Nas doadoras, a principal causa de infertilidade foi fator masculino (49%); e nas receptoras foi idade avançada (75%). Taxas de fertilização (72,0 ± 21,4 vs. 74,6 ± 24,2, p <0,001), número médio de embriões D3 de boa qualidade (2 (2-3) vs. 2 (2-4)) e blastocistos (2 (2-3) vs. 3 (2-4)), número de embriões transferidos a fresco e taxas de implantação (2±0,07 vs. 2,2±0,9 e 46,2 vs. 48.0) foram semelhantes entre os grupos; entretanto, taxas de gravidez clínica (41,9 vs. 37,7, p 0.39) e nascidos vivos por transferência (79,6 vs. 72,2, p0,54) foram maiores em doadoras, embora sem diferença estatística. Encontramos associação positiva entre espessura endometrial e taxas de gravidez em receptoras (1,37 (1,01 - 1,86), p <0,05). Conclusão: A espessura endometrial se associa positivamente com taxas de gravidez em receptoras que realizaram FIV com OD; demais características clínicas e demográficas não se associaram aos desfechos.