Navegando por Autor "Ayres, Annelise"
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Item Efeitos de um programa de intervenção fonoaudiológica na disfagia e na qualidade de vida em Doença de Parkinson(2016) Ayres, Annelise; Jotz, Geraldo Pereira; Olchik, Maira RozenfeldIntrodução: A disfagia orofaríngea (DO) na Doença de Parkinson (DP) é um sintoma de alta prevalência, que pode resultar em complicações, como desnutrição, desidratação e pneumonia aspirativa, sendo que a infecção respiratória está entre as principais causas direta de óbito nos pacientes com DP. Estudos que buscam verificar a eficácia da terapia fonoaudiológica para DO nesta população ainda são limitados e sem grande impacto científico. Objetivo: Verificar a eficácia de programa de intervenção fonoaudiológica para indivíduos disfágicos com DP. Método: Estudo de caso controle, composto por três grupos: grupo experimental (dez participantes), grupo controle (oito participantes) e grupo placebo (seis participantes). Incluiu-se indivíduos com diagnóstico de DP e DO. Excluiu-se indivíduos com alteração de linguagem e/ou audição que impossibilite a compreensão de um programa de intervenção, com diagnóstico de demência e presença de qualquer outra doença neurológica associada. Realizou-se um pré-teste composto por triagem cognitiva, questionário sobre depressão e qualidade vida (QV). A avaliação de deglutição foi composta pelo exame objetivo, avaliação clínica, questionário SWALQOL e Escala FOIS. Aplicou-se um programa terapêutico composto pela manobra postural Chindown e orientações sobre a alimentação. Resultados: Nas variáveis clínicas e sociodemográficas pré-teste não houve diferença significativa entre os três grupos. Observou-se melhora significativa na avaliação clínica da deglutição no grupo experimental para as consistências sólida (p <0,001) e líquida (p=0,022). Além disso, o grupo experimental apresentou melhora na QV, com diferença significativa para os outros grupos, no domínio frequência dos sintomas (p=0,029). Conclusões: Verificou-se eficácia do programa de intervenção para o tratamento da DO em indivíduos com DP, na presente amostra, com melhora do padrão de deglutição e da QV relacionada a deglutição após a intervenção fonoaudiológica.Item Perfil de fala e cognitivo de pacientes com miastenia gravis(Wagner Wessfll, 2020) Ayres, Annelise; Jotz, Geraldo Pereira; Olchik, Maira RozenfeldA miastenia gravis (MG) é uma doença autoimune, caracterizada por fraqueza e fadiga muscular flutuante dos músculos esqueléticos. Alterações no padrão vocal podem ser o sintoma inicial em até 15% dos pacientes. Além disso, déficits cognitivos vêm sendo descritos, com queixa de até 60% dos pacientes. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil de fala e cognitivo de pacientes com MG. Realizou-se um estudo transversal, com 39 sujeitos com diagnóstico de MG a partir de eletromiografia e anticorpos, fora da crise e 18 controles, pareados por idade e sexo. Excluíram-se indivíduos com história de outros eventos neurológicos prévios e qualquer distúrbio sensorial ou motor que impossibilitassem a realização dos testes. Avaliação da fala compreendeu gravação de tarefas de fala, avaliação perceptiva-auditiva e análise acústica. Para avaliação cognitiva utilizou-se uma bateria de testes cognitivos (testes de rastreio, memória, linguagem e planejamento). Além disso, os pacientes com MG responderam questionários de auto percepção sobre qualidade de vida, sono, depressão e fala. No que diz respeito a fala, encontrou-se na análise perceptiva auditiva uma alta porcentagem de alteração nas bases motoras fonação (95,2%) e respiração (52,63%) nos pacientes com MG, sendo que na respiração houve diferença significativa entre os grupos. Na análise acústica encontrou-se alteração nas bases motoras de fonação, com valores de shimmer significativamente maiores no grupo MG em comparação ao grupo controle e articulação com diferença significativa entre os grupos para o primeiro formante do “iu”. Não encontramos correlação entre os aspectos motores, clínicos e os questionários de autopercepção com a análise acústica. Com relação a cognição, verificou-se a presença de déficits cognitivos no teste de rastreio MOCA (66.7%) e nos testes de memória imediata (59.0%) e memória recente (56.4%). Após a análise de regressão de Poisson, com variância robusta, verificou-se que pacientes com diagnóstico de depressão apresentaram razão de prevalência (RP)=1.887 (IC:1.166-3.054) para escores alterados no MOCA, RP=9.533 (IC:1.600 - 56.788) para déficit em fluência verbal fonológica (FVF) e RP=12.426 (IC:2.177-70.931) fluência verbal semântica (FVS). Além disso, indivíduos que faziam uso de glucocorticosteróides e com escore no BDI indicativo de depressão apresentaram, respectivamente, RP=11.227 (IC:1,736 -72.604) e RP=0.351 (IC:0.13- 0.904) para alteração de memória de retenção de curto prazo (A6). Dessa forma, conclui-se que nesta amostra os pacientes com MG apresentaram disartria, com alteração nas bases motoras fonação e respiração. As alterações não mostraram correlação com tempo e estadiamento da doença e questionários de autopercepção. Um pior padrão de fonação foi correlacionado com o uso de glucocorticoides. Com relação a cognição, houve a presença de déficits de memória e funções executivas indivíduos com MG. Além disso, encontrou-se uma associação de depressão e uso de glucocorticosteróides com prejuízo nas tarefas de memória.